28 de fevereiro de 2010

TEMPESTADE EM PAÇO DE ARCOS 03

MAR BRUTO 2
em Paço de Arcos


Comecei o ano de 2010 das actividades bloguistas do Grupo, com um escrito e correspondente apoio fotográfico, sobre as consequências do forte temporal marítimo que atingiu esta costa. Foi o primeiro de 4 apontamentos sobre o assunto, intitulados “Temporal em Paço de Arcos”, brilhantemente concluídos pelo Vítor Martinez (como é a sua marca).

Os avisos das Autoridades Nacionais, em particular dos Serviços de Protecção Civil e as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, de ventos fortes na costa ocidental e nas terras altas, neste sábado, levaram-me a tentar obter um ou outro registo fotográfico, digamos que para continuação (ou comparação?) daquela iniciativa.

Por curiosidade passei, a caminho da praia, por algumas das varandas, minhas e vossas conhecidas, que ostentam vasos e outras ‘balhanas’ em equilíbrios duvidosos, na crença que, pelo menos algumas, tivessem seguido os constantes avisos, em toda a comunicação social para que acautelassem essas situações. Qual quê! Tudo exactamente na mesma. São os pobres de espírito que a seguir vão rezingar com tudo e com todos, porque este país e os seus governantes não toma conta deles. Santa Madre de Dios, diria o Paco.



Há quanto tempo não via eu o mar a cair
em cima dos carros aqui?!?!?!





Vejam a altura das ondas e as palmeiras.





Os braços laterais da doca quase submergidos.




“Batem leve, levemente…” diz o poema,
mas não o mar aqui.





Percorri o Passeio Marítimo de sul para norte, contra o vento,
em esforço considerável,





no regresso até parecia vir de asa delta.






Isto, meus caros, é espuma seca. Nem o vento a levanta dali.
Impressionante. Nunca tal tinha visto.
Ressequida? Não tenho explicação.





E a ‘banhada’ que o escriba ia apanhando,
para não se armar em esperto?



A ‘passagem baixa’(a) pelo passeio marítimo permitiu perceber, que as áreas verdes continuam completamente descuidadas, com ‘mato’, que em vários sítios já conseguiu eliminar os pobres arbustos que lá tinham sido (e muito bem) plantados.

O Forte de S.João das Maias, continua a sua saga de “Santa Engrácia”. Até já limparam (até mais ver, que no verão o canavial regressa) a área nas traseiras, deixando bem à vista este magnífico aspecto.




Também já se percebe que os velhos torreões de artilharia para defesa da barra, já eram. Ou seja não vão ser recuperados.



Pois! Velharias. E o trabalho que aquilo ia dar? Arre!!!!!!!!!!!!!!



Também vi esta.


Água pura cristalina (eu provei-a) que brota constantemente, inverno e verão, que já foi ex-ex-libris da Praia das Fontaínhas, ‘no tempo da outra senhora’, porque agora vai ficar à espera. Talvez nas próximas eleições possa ter a atenção e o tratamento devidos. Quem sabe Deus é grande.


(a) Passagem baixa – Terminologia Aeronáutica, que significa descer, voando mais baixo, a fim de identificar uma situação ou um objecto.




Colaboração do Bardino Fernando Reigosa.


3 comentários:

Anónimo disse...

Amigo Fernando
Bem fotografado e melhor dito, quanto á água das Fontainhas existem realmente nascentes nesse local, e também uma Central Elevatória com respectivos poços de bombagem, que em tempos bombavam essa água para um reservatório nas Antas, mais não posso dizer, porque não acompanho o processo á anos.
Um abraço
Virgilio Miranda

Fernando Reigosa disse...

Amigo Virgílio, as suas intervenções continuam a ser preciosas.
Não nos abandone.
Basto grato a Vossência.

Ana Oliveira disse...

Fernando

Belíssimas fotografias.
Quanto à água das Fontaínhas... praí há trinta e tal anos, recém chegada de Áfica, com uns amigos, apanhámos uns mexilhões ali nas rochas, fizemos uma fogueira e cozinhámos os ditos com aquela água tão limpida e cristalina...no dia seguinte lá fomos todos pró médico (poupo os detalhes menos agradáveis) e ele era tifo, febre de malta... até não passar de um grande desarranjo...
Ainda agora me pergunto se seria da água se dos mexilhões, mas o sítio era tão bonito e soube tão bem que ainda hoje nos rimos com saudades.

Um beijo e obrigada pela lembrança